terça-feira, 14 de abril de 2015



A maestria do olhar...

Olho: uns dizem ser a janela da alma, outros o globo ocular simplesmente, mas no meu ponto de vista? Um dos pedaços do corpo que consegue intimidar, atrair, fazer rir, dar prazer, etc... A explosão do arrepio de uma paquera de longe através do olhar derruba... Através deste mesmo olhar somos capazes de falar sem usar uma palavra sequer pela boca e mesmo assim os dois se entenderem... Pelo olhar e através de sua “fala”, o corpo começa a responder. Aquela sensação de olhar o outro e termos a ligeira impressão que o mundo a volta congelou... pouquíssimos segundos eternizados... o frio congelante na barriga, o sorriso no canto de boca, suave, a respiração (quando se lembra, rs) enchendo os pulmões com o inspirar quase que detalhado para cada pequena via... Tudo arrepia, sangue corre quente, ferve, movimento se cria e acredito ser um dos poucos momentos em que dar o devido descanso as cordas vocais se faz necessário... O olhar estimulou, criou algo e tem suas finalizações. Cada qual a seu jeito. Talvez não mais se cruzem e o despertar se perdeu... ou finalize de forma que o seu corpo quase implora. Há o olhar, que no meu ver, é um dos mais fortes e quase puro na essência desta máquina que é nosso corpo... Os corpos podem se encontrar, na força e na selvageria de uma paixão, amor, sexo, o que seja, mas o encontro dos olhares no momento deste ato, no meu ver, é de um olhar totalmente desnudo e puro, calmo e nervoso, estimulante e prazeroso... Creio, sem titubear, que todas as minhas terminações nervosas correspondido ao ato não finalizam no cérebro, mas sim no olhar... Ali me entrego, me rendo...

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